Disse o filósofo: "Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro".
Naquele "encontro com o destino", em 7 de março de 1957, 171 jovens de todos os rincões do País tiveram a felicidade de encontrar mais um candidato aprovado no difícil concurso para a EPCAR. Era alguém muito especial: o Aluno 57-024 Edson Campos dos Reis, descendente direto de portugueses, nascido em 20 de julho de 1940. Esta data tem um significado muito especial por se comemorar o nascimento do insigne brasileiro Alberto Santos-Dumont em 1873. E, mais tarde, em 1969, neste dia o homem pisou na Lua. Na fala do comandante americano Neil Armstrong, "um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade". Por este feito, o médico argentino Enrique Ernesto Febbraro propôs que o VINTE DE JULHO fosse O DIA DO AMIGO.
Feitas estas reminiscências históricas, vamos falar de nosso querido Campão. Em belíssimo texto da lavra do Assis Brasil (57-018), publicado n'O Con*dor, o Reis, desde os bancos escolares até hoje, é aquele companheiro gentil e solidário, sempre procurando ter notícia dos "milhões de amigos" que conquistou na bela carreira na Força Aérea e nas lides do turismo, com sua empresa AcantusTur. Ele nunca deixa de comemorar seu aniversário. Pretendia grande festa nos seus 80 anos, mas, por conta da pandemia, decidiu comemorar os 8.2 no Restaurante Spaghettilândia, na Cinelândia com seus amigos da Turma 57-BQ, em 27.07.22. Não pôde ser no dia 20, porque viajou com a família para São Pedro da Aldeia, onde mantém uma casa de veraneio.
Eu, João Carlos, vou tentar transmitir "as fortes emoções" do memorável encontro a quem não pôde comparecer. Começo com os lemas criados pelo próprio aniversariante: "Enquanto houver bacalhau e vinho, há vida". RUMO AO CENTENÁRIO.
Compareceram, além, claro, do Reis (57-024), seu filho Alexandre (CMG), Furtado (57-023), seu neto Erick (estudante), João Carlos (57-040), Portella (57-041), Amorim (57-055), Silva Campos (57-068), Granha (57-075), Catanheda (57-143), seu irmão Ricardo (advogado), Bastos (Cad. 60); o grande amigo da Turma, Lamounier (Cel.-Av., veterano da T.55-BQ); e, representando a AEPCAR, Dalton Mendonça (T-65-BQ) e Werneck (T.68-BQ).
O Amorim escreveu uma mensagem em cartão com imagem bucólica e colheu rubrica de todos. Leu-a no momento em que o João Carlos propôs um brinde. Este falou que nosso grande amigo tem a capacidade de transmitir saudável energia a quem o cerca. E aproveitou para dizer da inestimável contribuição que prestou aos militares inativos (hoje chamados veteranos), aos servidores civis aposentados e aos pensionistas. Tudo isto, já na Reserva, quando esteve na Diretoria de Intendência, juntamente com o Amorim. Estes oficiais deixaram registros de muita competência junto aos órgãos superiores. O Amorim também relembrou que foi um trabalho gratificante, e que o Campão o indicou por ser contador, com a tarefa de certificar os títulos de Reforma, Aposentadoria e Pensão. Por sua vez, o Reis disse que deve sua indicação ao João Carlos, que, na época era o responsável pelo pagamento geral da Aeronáutica.
O aniversariante escolheu o Spaghettilândia, por ter um significado especial para aqueles que frequentaram o Curso Tamandaré. Eram 10 jovens comemorando aprovação no concurso para a Escola de Barbacena. Ele se lembrava do Machadinho; Catanheda fez um sinal para lembrar que era um deles.
Os agradecimentos foram efusivos. Aos companheiros presentes por virem prestigiá-los. A todos os companheiros da Turma por sua amizade, destacando o João Carlos, por sua presente disponibilidade em atender a todos que a ele recorrem.
Com emoção, agradeceu a Deus por ter sido curado após complexa cirurgia do quadril e também por ter permitido a superação de problemas de saúde dos colegas Furtado, Granha, Leandro, Meira, Tujal e outros. Enalteceu o empenho do Bastos, psicólogo, para o atendimento do Furtado junto aos hospitais da Aeronáutica, em que mantém excelente relacionamento profissional com as médicas. Não falou dos médicos...
No início do evento, Campão apresentou o dono do Restaurante, o português Serafim, que permitiu que ele levasse vinhos. O garçom Dill atendeu a todos com reconhecido profissionalismo. Além de massas, os comensais poderiam pedir qualquer prato. O próprio Reis solicitou bacalhau à portuguesa, à espanhola e à Gomes de Sá. Também mandou preparar filés de peixe. As bebidas? Vinho, claro (tinto, branco), caipirinhas, chope e Coca-Cola. Tudo muito farto. A partir de 15 horas, começaram as despedidas. No dia seguinte, chegou a notícia de que o Reis e alguns fiéis companheiros permaneceram até as sete da noite.
Haja vinho! Haja vida!